Missões da Igreja

 

            A Igreja é o Corpo místico de Cristo, composta por pessoas de todas as partes do mundo que lhe entregaram a vida, movidos pela ação do Espírito Santo, passando a  reconhecê-Lo  como seu Senhor e Salvador.

            Mas qual seria a razão de ser da Igreja? Qual sua missão na terra?

            Acreditamos que a Igreja tem quatro missões primordiais, são elas: 1° Glorificar a Deus;  2° Evangelizar o mundo; 3° Edificar os santos, e; 4° Socorrer os necessitados.

            Nesse primeiro estudo vamos analisar a 1° missão.

 

1° Missão: Glorificar a Deus.

 

           Na carta de Paulo a Igreja de  Éfeso está escrito: “Nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito da sua vontade para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no amado” (Ef 1:5,6).

            Vemos aqui que Deus determinou antecipadamente que aqueles que viessem a crer em Cristo fossem adotados em Jesus Cristo e isso com um propósito bem definido: “Para o louvor de sua Glória”.

            Para muitos essa é a principal missão da Igreja, uma vez que essa é a única que continuará na eternidade.

            Sim, para isso fomos chamados, para isso fomos feitos Igreja, para glorificarmos ao Senhor com  a nossa vida.

            Devemos glorificar a Deus em tudo o que fazemos:

“Portanto, quer comais quer bebais, ou façais, qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus”   (I Co 10:31).

            E por que devemos viver assim dessa maneira? Por que devemos glorificar a Deus em tudo? A resposta a essa pergunta foi ouvida pelo apóstolo João: Digno és, Senhor nosso e Deus  nosso, de receber a glória e a honra e o poder; porque tu criaste todas as coisas, e por tua vontade existiram e foram criadas” (Ap 4:11).

            Só estamos aqui porque o Senhor nos fez, e isso para termos comunhão com Ele. Dessa forma, deveríamos viver eternamente gratos a Ele pelo maravilhoso dom da vida! Entretanto, devido ao pecado, o homem  não quis   reconhecer a Deus  como tal: “porquanto, tendo conhecido a Deus, contudo não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes nas suas especulações se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu” (Rm 1:21).

            E  vendo a nossa total incapacidade de nos aproximarmos Dele devido aos nossos pecados, o Senhor nos purificou com o sangue de seu próprio Filho para nos tornar aceitáveis a Ele novamente: “ Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16).

            Assim reconciliados com Deus, temos o privilégio de gozarmos da vida eterna sabendo que  a morte espiritual já não tem

poder sobre nós: “Porque se nós, quando éramos inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho,

muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida” (Rm 5:10).

            Dessa forma, por termos sido criados por Deus, e ainda termos sido reconciliados pelo precioso sangue do Seu Filho, quando não merecíamos, temos obrigação de vivermos para glorificar o seu Santo e Maravilhoso Nome!

            “ Todas as tuas obras te louvarão, ó Senhor, e os teus santos te bendirão”

(Sl 145:10) .                                                                                                               Irmão Fábio (Ramá - Petrópolis)                 

                                                                                                                                                                                                 Jornal O Servo Ano 2 Edição 5

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            No estudo anterior tratamos sobre o que chamamos de 1° missão da Igreja que seria Glorificar a Deus. Neste estudo vamos tratar sobre a 2° missão.

 

2° Missão: Evangelizar o  Mundo

             

            A palavra Evangelho significa basicamente “Boas Novas”, que nos remete a idéia de “boas notícias”. Quando um exército era vitorioso em uma batalha, uma pessoa era responsável por levar a “Boa Nova” para os demais.

            No contexto cristão é comum  a idéia de “Boas Novas de Salvação”. Mas salvação do que? Do poder do pecado e consequentemente da morte espiritual, pois, assim afirmou o Apóstolo Paulo: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor”. (Rm. 6:23). Mas quem pecou? Segundo Paulo, todos nós.

                                                             “Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Rm.3:23).

            Como vimos nesses dois versículos: Todos pecaram,  o  pecado  leva  a morte,  e    por   isso   todos carecem    de    Deus.    Mas

vimos também que a vida eterna está em Cristo Jesus. Mas como se dá essa salvação? Paulo afirma que: “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo” (2Cor. 5:19a).

            O ser humano devido ao pecado está afastado de Deus, mas através do sacrifício de Cristo em nosso lugar temos a oportunidade por meio da fé,  de sermos reconciliados com Deus através do sangue de seu Filho.

            O Apóstolo nos afirma que Deus “...nos confiou a palavra da reconciliação”. (2Cor. 5:19b).

            A evangelização então seria o ato de levar essa mensagem salvífica a todas as pessoas, pois  assim ordenou Jesus: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura”.  (Mc. 16:15).

            Note que pregar o Evangelho é uma ordem de Jesus e não um mero pedido, e por que? Porque é uma questão de vida ou morte, pois Jesus também afirmou que: “Quem crer e for batizado será salvo;quem, porém não crer será condenado ”.(Mc. 16:16).

            Pregar o Evangelho  então é uma obrigação, pois  sabendo que temos o conhecimento do único meio de salvação do ser humano,

e não compartilharmos isso com os que estão perdidos, é sem dúvida um dos maiores pecados   que   alguém  pode

cometer, e como disse o Apóstolo Paulo: “Se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação, porque ai de mim, se não pregar o evangelho!”. (I Cor. 9:16).

            Entendemos que a responsabilidade da evangelização é da Igreja e não somente dos Pastores ou Líderes.

            Devemos então, compartilhar esse Evangelho  com todos que nos cercam em todos os lugares, quer no trabalho, ou em uma Instituição de ensino, pois como disse Paulo ao jovem Timóteo: “prega a palavra, insta a tempo e fora de tempo”. (II Tm. 4:2a)

            E por último, pregar o Evangelho de Cristo é também um ato de amor ao próximo, pois assim como  fomos libertos do poder do pecado e da morte, ao receber o Evangelho da Salvação, muitos  outros também precisam desta “Boa Nova”, mas como disse o Apóstolo: “ Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue?” (Rm. 10.14).

         Por tudo isso é evidente que Evangelizar o mundo é uma de nossas missões!                                                                                                                      

                                                                                                                                                                                             Irmão Fábio (Ramá - Petrópolis)

Jornal o Servo Ano 2 Edição 6

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            Nos estudos anteriores vimos o que chamamos de 1ª e 2ª missão da Igreja,  Glorificar a Deus e Evangelizar o Mundo, respectivamente. Nesse estudo veremos a 3ª missão.

 

3ª Missão: Edificar os Santos

 

            Por definição, “edificar” tem haver com construir, e a construção a qual nos referimos não é realizada da noite para o dia, ela é um processo, pois, no  nosso caso, estamos  “construindo santos”. Agora, precisamos entender quem são os “santos”. Em termos gerais,  a palavra santo significa: puro, consagrado, aquilo que foi separado por Deus para ser incontaminado. Neste sentido, os cristãos foram “separados” desse mundo por Deus e para Deus. A Igreja tem  então, a responsabilidade de “construí-los”. Mas como se “constrói” um “santo”? Através do discipulado.

            Jesus disse: “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que  vos tenho ordenado... ”. ( Mt. 28: 19 e 20a).  Esse texto é conhecido como a Grande Comissão. O Mestre Jesus nos comissionou, ou seja, nos encarregou de fazermos discípulos. Note que a Evangelização que é algo tão imprescindível, não é um fim em si mesma, pois nos foi ordenado fazer discípulos e não somente evangelizarmos.

            A palavra discípulo, no texto que lemos, refere-se a alguém que está em processo de  aprendizado, treinamento, ou seja um aluno, alguém que se dispõe a aprender. É evidente que um “discípulo” escolhe o caminho do aprendizado de livre e espontânea vontade. O discipulado então, não pode ser feito por coação, pois se assim o fosse, estaríamos  diante de um processo de escravidão e esse nunca foi o propósito de Deus. O próprio Senhor Jesus nos disse: “ Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas chamei-vos amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos dei a conhecer” (Jo. 15:15).

            Um discípulo se propõe a obedecer o convite do Mestre: “Tomai sobre vós o meu jugo,e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas” (Mt. 11: 29). Nesse contexto, o jugo envolve instrução com disciplina, e, é nesse sentido que a Igreja é chamada por Deus para o processo de “Edificação” do novo crente, por meio do ensino pessoal, ou seja discipulado. Ensinando-os a guardar tudo o que o Senhor nos ensinou, como vimos na Grande Comissão.

            Precisamos compreender entretanto que, nem todos que evangelizarmos e discipularmos recolherão a mensagem em seus corações,  como aprendemos na parábola do Semeador (Mt. 13: 1- 23). Pois, a princípio, não sabemos qual das sementes cairão em “boa terra”. Dessa forma, precisamos cuidar de todos os “brotos”, fazendo o máximo possível para que os mesmos venham frutificar.

            É necessário porém, que cumpramos essa nossa missão com diligência não colocando outro fundamento além de Cristo (I Cor. 3: 10-11), e que ensinemos de tal modo que eles não queiram reedificar o que foi destruído (Gl. 2: 18). Dessa forma poderemos então com livre consciência afirmarmos como o apóstolo Paulo: “ Agora pois, vos encomendo a Deus e à palavra da sua graça, àquele que é poderoso para vos edificar e dar herança entre todos os que são santificados” (At. 20:32).

                                                                                                      Ir. Fábio - Ramá - Petrópolis

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Missões da Igreja

 

Já analisamos três Missões da Igreja: Glorificar a Deus; Evangelizar o Mundo e Edificar os Santos. Agora veremos a última e importantíssima Missão.

 

4°Missão: Socorrer os Necessitados

 

Antes de mais nada, para não cairmos no erro de muitos sobre esse assunto, precisamos relembrar que a Igreja não é uma instituição religiosa e muito menos uma obra de engenharia civil. Nós e todas as pessoas que se submeteram ao senhorio de Jesus Cristo, somos a Igreja.

Alguns afirmam que a Igreja não deve se envolver com a causa social, pois isso seria dever do Estado. Esses também afirmam que a Igreja deveria se ater somente aos seus deveres espirituais, pois Jesus não instituiu nenhum órgão de ajuda humanitária. Entretanto, seria necessário tal criação para socorrer um necessitado?

Em Mt. 25: 31-46 Jesus nos fala sobre um julgamento que acontecerá no futuro. Devemos observar nesse discurso que dois grupos de pessoas tinham em comum o fato de não saberem quando fizeram bem ou mal ao próprio Senhor Jesus. Entretanto, terão seus destinos completamente diferentes por toda eternidade.

A um grupo Ele dirá: “...Vinde benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo.” (Mt. 25:34b). Ele mesmo explicará o motivo: “Porque tive fome e me deste de comer, tive sede e me deste de beber, era forasteiro e me hospedaste, estava nu e me vestistes, preso e fostes ver-me.” (Mt. 25:35,36).

O outro grupo entretanto, estará separado do Senhor eternamente, porque não socorreu a Jesus em suas necessidades.

Mas como alguém pode fazer o bem ou o mal ao Senhor Jesus e não saber disso? O próprio Senhor Jesus nos responde: “...sempre que fizeste (o bem) a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizeste.” Em contra partida também: “...sempre que o deixaste de fazer (o bem) a um destes mais pequeninos, a mim o deixaste de fazer.”

Repare que nesse texto as pessoas serão condenadas porque deixaram de socorrer a outros em suas necessidades mais básicas: alimento, água, abrigo, vestimenta e atenção. Alguém já disse que fazer o mal é deixar de fazer o bem.

Independente de quem quer que sejam as pessoas que serão julgadas nesta ocasião, o que vale para nós é o parâmetro utilizado para esse julgamento: o amor.

Foi com base no amor que o Apóstolo Paulo afirmou aos Presbíteros da Igreja em Éfeso: “Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é mister socorrer os necessitados, e recordar as palavras do próprio Senhor Jesus: Mais bem aventurado é dar que receber.” (At. 20:35).

O mesmo Apóstolo também orientou a Igreja de Éfeso a agir assim: “Aquele que furtava, não furte mais; antes trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado.” (Ef. 4:28).

A quem devemos então socorrer? A quem devemos fazer o bem? O próprio Apóstolo nos orienta: “Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos dá família da fé.” (Gl. 6:10).

O Apóstolo Tiago nos ensina sobre o que é a verdadeira Religião. “A religião pura e sem mácula, para com nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo.” (Tg. 1:27).

É evidente que socorrer os necessitados é uma de nossas missões!

Fábio Ramá - Petrópolis

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