O Baile de Máscaras

 

Quem sou eu? Quem sou eu por trás dos personagens que eu represento todos os dias? Quem sou eu atrás das máscaras que utilizo no dia a dia?

Essas perguntas devem ser feitas constantemente. E não devemos pensar que isto é tarefa para alguém com distúrbios psiquiátricos ou neurológicos. Não precisamos ter um surto psicótico ou uma amnésia para fazer estas perguntas. Só precisamos ser um pouco inteligente para tratar de um assunto que é de suma importância. A inteligência emocional, afirma que uma autoanálise é extremamente necessária para o bom desenvolvimento do ser humano.

O ser humano é um ser social. Normalmente nós não gostamos de isolamento. Gostamos de fazer parte do meio em que vivemos. Ninguém quer passar por aqui despercebido. Como alguém já disse um dia: “Quem não é visto, não é lembrado”. Entretanto, ser visto não é ser conhecido, e infelizmente é disso que muitos de nós estamos gostando. E não queremos apenas ser visto, acima de tudo, queremos ser admirados. Ter o reconhecimento dos demais, e de preferência queremos que este reconhecimento não reflita o conhecimento real de quem somos no íntimo. A sociedade pós-moderna, que muito se orgulha de ser a geração da “modernidade”, na verdade gosta do velho baile de máscaras. O grande problema é que este baile tem o seu “glamour”, e, por isso é fácil que até mesmo os cristãos entrem na festa. Infelizmente, muitos estão usando máscaras tão sutis que quase são imperceptíveis. Os papéis e personagens são os mais variados, mas no ambiente eclesiástico nada melhor do que ser o “santo” do ano! Outros preferem o título que recebeu Moisés: “O homem mais manso de toda terra”. Há aqueles que gostam de vestir a fantasia do “grande guerreiro de Jesus”. O que não falta nesse meio é criatividade. Infelizmente, muitos escondem seus problemas emocionais atrás de suas fantasias eclesiásticas. Alguém vaidoso, impulsivo, dominador e com pouca afeição pelos irmãos tem preferência pelo personagem: “guerreiro”. Entretanto, alguém que tem dificuldade em confrontos, pode muito bem se passar pelo “Moisés do ano”. Isto é mais fácil do que admitir nossas fraquezas. O problema é que o Senhor nos sonda e nos conhece (Sl. 139). Diante da luz da Palavra de Deus ficamos desnudados. Somos convidados para aprender com a própria Bíblia, pois uma de suas características mais interessantes é o fato Dela não esconder os defeitos dos seus heróis. Deveríamos aprender com o rei Davi, que após ser confrontado com seu pecado, teve a coragem de reconhecer seu erro, teve assim a coragem de retirar sua máscara.

Vamos colocar um fim nesse show?

 

Irº.Fábio Pereira - Ramá – Petrópolis

Tópico: Palavra de Reflexão

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