Escrava ou livre? Você decide.

 

Estive lendo uma pesquisa feita nos EUA em que cientistas analisaram o cérebro de alguns homens enquanto eles olhavam para a foto de uma moça de biquini, e curiosamente descobriram que as seções do cérebro que reagem a objetos ficaram mais ativas. A parte do cérebro responsável pela interação social foi desativada quando os voluntários foram expostos à foto. Ou seja, eles não estavam interessados em se relacionar (em termos de afeição, de amor) com a mulher da foto. Apenas pensavam nela como uma “coisa”. A professora Susan Friske, que conduziu os estudos, afirmou que os homens não veem mulheres sensualizadas como humanas. “É claro que eles sabem que a modelo da foto é humana, mas é a reação deles em relação a ela que é comparada com a reação diante de um objeto”. Podemos então concluir que, o modo como nós, mulheres, nos vestimos pode informar como desejamos que os homens nos vejam e nos tratem: com dignidade e respeito ou apenas como um objeto de consumo, e, portanto, descartável.

Além e acima das pesquisas científicas, as mulheres cristãs têm a Palavra de Deus. Não é à toa que os apóstolos Paulo e Pedro orientam e exortam quanto ao uso das vestes. “... quero que as mulheres se vistam modestamente, com decência e discrição...” (1 Tm.2:9a). Um escritor brasileiro definiu muito bem, chamando de “ditadura da beleza” as determinações impostas pela sociedade opressora de nossos dias (“o mundo inteiro jaz no maligno” – 1Jo.5:19b). Há mulheres, jovens, adolescentes e crianças vivendo frustradas, doentes e até cometendo suicídio por não conseguirem alcançar o modelo que o mundo impõe. A “ditadura da beleza” manda que: o peso ideal tem que ser “x”, o cabelo tem que ser “daquela forma”, as roupas tem que ser “daquela marca”; e por aí vai... O pior é que há mulheres, que se dizem cristãs, entrando nessa roda viva e acabam idolatrando a aparência, no culto ao corpo. Quem se preocupa demasiadamente e investe “pesado” na aparência exterior é provável que seja para compensar o vazio que há no seu interior. Não quero dizer que a mulher cristã não precisa ser cuidadosa com sua aparência. Vemos desde o Antigo Testamento o exemplo da mulher virtuosa, que se vestia com bom gosto (Pv.31:22).

Em se tratando do Reino de Deus, regras fixadas não devem fazer parte: “use isto”, “não use aquilo”, “pode” e “não pode”; elas fazem parte do mundo (Cl.2:20-22). Essas regras têm... pretensa religiosidade, falsa humildade e severidade com o corpo, mas não têm valor algum para refrear os impulsos da carne (Cl.2:23). Uma mulher cujo coração é de Deus e compreendeu os princípios e padrões da Palavra de Deus e não é mais oprimida pela “ditadura da beleza”, vai decidir o que usar, movida pelo Espírito Santo que opera uma transformação no seu interior, de dentro para fora. Por isto, ela é livre, para decidir não chamar mais atenção por meios carnais: usando roupas que expõem seu corpo ou roupas caras. Desta forma, passa a ser realidade na vida desta mulher o que orienta o apóstolo Pedro em 1Pe.3:5a: “A beleza de vocês não deve estar nos enfeites exteriores, como cabelos trançados e jóias de ouro ou roupas finas. Ao contrário, esteja no ser interior (Grego: no homem oculto do coração), que não perece, beleza demonstrada num espírito dócil e tranqüilo, o que é de grande valor para Deus.”

Irª. Bete

Ramá - Petrópolis

Tópico: Mulheres

Nenhum comentário foi encontrado.

Novo comentário