O Espírito Santo e a esterilidade: Você é estéril?

 

"Ela, pois, com amargura de alma, orou ao SENHOR e chorou abundantemente".
(1 Samuel 1:10)

 

            A história de Ana está intimamente ligada à história de Israel assim como o futuro de Israel estava ligado ao futuro de Ana. Ana era uma mulher estéril, e esta, era uma condição vergonhosa para o seu tempo. Mas, naqueles dias, não era apenas Ana que era estéril. Israel também o era. Seus sacerdotes eram tão estéreis quanto o ventre de Ana. A esterilidade espiritual da vida e do ministério daqueles homens havia se espalhado pela casa de Deus e a nação havia se transformado na esposa estéril de Jeová. E isso era muito trágico.

            Certo dia, Ana fez mais do que entristecer-se com a sua condição. Ela foi ao templo para falar com Deus e para suplicar-lhe um filho. [...]

            O Senhor atendeu a sua oração e nasceu Samuel. Um dos maiores profetas que a nação de Israel conheceu. Após seu nascimento, Ana experimentou dias de paz e o Senhor ainda lhe acrescentou outros cinco filhos. Mas não foi só isso. Junto com a alegria de Ana começou um novo tempo para a nação. Em breve o Senhor levantaria Samuel como uma voz profética e restauraria o sacerdócio da sua casa removendo o ministério estéril dos filhos de Eli.

            O que isto tem haver conosco? É aqui que entramos na história. Quantos de nós têm sido “estéreis” no serviço a Deus assemelhando nossa conduta a dos filhos de Eli? Sendo irreverentes e não discernindo o privilégio de ministrar a Deus em favor dos

derramou lágrimas diante de Deus porque não se conformava com o fato de ser estéril, podemos agora mesmo estar indiferentes para com essa situação, sem desejo algum de melhorar os nossos caminhos.

            Pergunte-se: Quanto tempo faz que Deus não enxuga nenhuma lágrima e não responde nenhuma oração sua por arrependimento e por frutos? Qual foi a última vez que você temeu quando pensou na prestação de contas que fará a Deus do seu serviço? Sua conduta é aquela que deveria ser? Se não é, onde estão as lágrimas? Onde está o clamor? Qual foi a última vez que você pôde dizer como Ana: “tenho derramado a minha alma perante o SENHOR... do excesso da minha ansiedade e da aflição do meu coração é que eu tenho falado até agora”. 1 Samuel 1:15,16.

            Quantos sentem esse pesar? É triste dizer, mas poucos se preocupam com a esterilidade hoje em dia.

            Não fazer aquilo para o qual fomos chamados a fazer, não incomoda mais. Não sermos santos como deveríamos ser, não preocupa mais. Não conhecer a Deus como deveríamos conhecer, não preocupa mais. Não manejar bem a Palavra da verdade, não preocupa mais. Não orar como deveríamos, não preocupa mais. Quem em nossos dias tolera mais do que trinta minutos de oração diária? Mas quem está se preocupando com isso?

            [...]

            A história de Ana e a do sacerdócio de Israel foram entrelaçadas com um propósito bastante claro: o Espírito Santo quer que aprendamos que toda esterilidade será julgada. E que a reação Dele sempre será na proporção da nossa.

 

Ir.ª Marcela Souza

Ramá – Parque Paulista