BREVE REFLEXÃO SOBRE A DOENÇA DOS HOMENS

 

A doença é algo terrível, não é mesmo? Quando nosso médico solicita uma bateria de exames ficamos ansiosos com o resultado, e logo assim que os exames ficam prontos retornamos para ouvir o diagnóstico. Todos nós queremos ouvir que está tudo bem, que o exame de fezes e urina não acusou nada, que o colesterol está ótimo; ou ainda, num exame mais sério que visa, por exemplo, a constatação ou não de um câncer, queremos ouvir que não é nada grave, mas todos nós sabemos que nem sempre é assim. Ao chegarmos diante do médico com nossos exames na mão e o coração saindo pela boca, muitas vezes as notícias não são lá muito boas, e apesar das más notícias queremos sempre ouvir a verdade, afinal de contas, é o conhecimento da verdade da doença que viabilizará a cura.

No Reino de Deus não é diferente. O pecador chega diante da cruz, condenado a uma eternidade sem luz, sem paz, sem alegria. Ele percebe o Cristo crucificado pela sua doença mortal que o levará ao hades (1) e posteriormente ao geena (2); ele ouve a verdade a respeito da sua chaga: “Todos pecaram e destituídos estão da Glória de Deus” (Rm. 3:23). A receita da cura vem logo em seguida; “Arrependei-vos e convertei-vos para que sejam cancelados os vossos pecados para que venham os tempos de refrigério pela presença do Senhor” (Atos 3:19).

O arrependimento e a conversão são medicamentos que precisam ser tomados todos os dias, como alguém que tem a pressão arterial alta e precisa mantê-la estabilizada com medicação apropriada e diária. Tenho percebido em minha pouca experiência que as pessoas seguem à risca as prolongarem seus dias aqui na terra, quem quer morrer afinal? Mas, igualmente tenho percebido a displicência com a medicação da vida espiritual que garante não uma vida de 70 ou 80 anos, mas garante uma eternidade ao lado do que foi crucificado. Fato: as pessoas, mesmos os crentes, (conheço vários!) só se preocupam com o aqui e o agora. São capazes de gastar o último centavo para se livrarem de uma moléstia física, ou de uma preocupação, mas são incapazes de gastarem sua vida na Chama da Eternidade, e quando entrarem lá lamentarão profundamente por terem gastado demasiado tempo, dinheiro, força e a juventude naquilo que não tem fundamento eterno.

Tarde demais...

Jesus em uma de suas ministrações disse que “o Reino de Deus é tomado por esforço, e todo aquele que emprega força entrará nele” (Mt. 11:12). Jesus restringe o Céu aos guerreiros, guerreiros que lutaram com todas as suas forças para não quebrar a santidade de Deus em suas vidas, lutaram contra o Mundo, contra as suas oferendas deliciosas e ao mesmo tempo, letais; lutaram contra os demônios que manipulavam situações para distraí-los na jornada, ou, se possível, exterminá-los no caminho pelo desânimo e esfriamento da Fé, desistiram até de sonhos pessoais para viver a vontade de Deus. Lembro-me agora da exortação apostólica: “Ainda não resististes até o sangue combatendo contra o pecado”. (Hb. 12:4).

Somos fracos?

Existe um tipo de fraqueza que se torna a matéria prima de Deus para levantar sua Glória dentro de nós; Paulo disse que “quando sou fraco, sou forte” (II Co. 12:10), mas essa fraqueza é uma fraqueza que não desiste, nunca, mas insiste em continuar insistindo ainda que rastejando pelo caminho; é muito confundida com a fraqueza da desistência que, numa palavra.

bíblica, é chamada de apostasia.

A apostasia é a capacidade do homem em desistir de Deus, é o câncer dos crentes, e a incredulidade é o câncer dos perdidos, que julgam jogar a vida fora quando convidados a morrer com Cristo.

Morrendo com Cristo para o pecado e lutando até a última gota de sangue é incomparavelmente melhor que morrer de incredulidade e apostasia.

Força crente! Fé perdido! A eternidade é um pouco mais adiante!