Depois da destruição de tantas igrejas no Níger, cristãos realizam cultos em tendas

 

A violência anticristã ficou ainda mais intensa, no Níger, após a publicação do jornal satírico francês, Charlie Hebdo, que colocou em exposição a imagem do profeta Maomé chorando, em janeiro, ao que mundo islâmico considerou ser uma provocação.

Segundo o líder da igreja Batista Roundabout, Jacques Kagnindé, é como se a vida tivesse parado. “Como a igreja está totalmente destruída, e ainda aguardando o apoio que o governo prometeu, nossos cultos de domingo e as reuniões semanais são realizados em uma tenda, no pátio da igreja”, conta ele.

Há uma sensação de abandono entre as vítimas da violência. “Aquele interesse em nos ajudar, só aconteceu nos primeiros dias, agora a emoção já passou, e os líderes políticos não se interessam mais pela nossa situação”, lamenta Jacques. “Além das necessidades materiais, os cristãos também precisam de apoio psicológico, porque estão sofrendo muito com todas as perdas”, finaliza.

Após 6 meses de ataques do periódico francês Charlie Hebdo, só existem memórias dos franceses e o ódio religioso perpetrado entre várias religiões. Por ser minoria em um país de ordem caótica, os cristãos continuam enfrentando a violência no Níger, sendo que o Estado e autoridades não apóiam nem a reconstrução de igrejas e lares destruídos e nem trabalham pelo fim da violência contra cristãos. Quando um membro sofre, os outros sofrem juntos. Oremos pelo Níger.

 

Fonte: portasabertas.com.br