Sudão nega que irá libertar cristã condenada à morte por conversão

 

Nascida de um pai muçulmano, Meriam Ibrahim Ishag foi condenada à morte no último dia 15 por um tribunal criminal com base na lei islâmica em vigor no Sudão que proíbe conversões. A decisão provocou um clamor internacional.

“Ela será libertada nos próximos dias, de acordo com os procedimentos legais a serem tomadas pelo Poder Judiciário e o Ministério da Justiça”, declarou um funcionário do Ministério das Relações Exteriores do Sudão, Abdallah Al-Azraq.

Mas o ministério indicou que a libertação de Meriam dependia da aceitação por um tribunal do recurso apresentado por seus advogados.

Azraq ressaltou que “o governo não interfere no trabalho da justiça, porque é uma instituição independente”. “Alguns meios de comunicação tiram de contexto as declarações, alterando o significado do que ele realmente disse.”

Após as declarações de Azraq, o marido de Ishag, Daniel Wani, um cidadão americano de origem sul-sudanesa, disse à agência de notícias France Presse que não acreditava que sua mulher seria libertada.

“Ninguém entrou em contato comigo e eu não acho que isso vai acontecer. Nós apresentamos um recurso de apelação, mas ele ainda não foi analisado. Então, como é possível que a libertem?”, perguntou.

O advogado de Ishag, Mohannad Moustapha, tinha expressado, por sua vez, suas dúvidas quanto a uma possível libertação. “A única entidade que pode fazer isso é o tribunal de recurso e eu não tenho certeza que ele tem o arquivo completo”, disse ele.

Continuem orando por Meriam e sua família.

Fonte: portasabertas.org.br