Sofrendo por fazer o bem

 

“Meu nome é Unkba Michael Teklehaymanot, sou pastor da Igreja Kale Hiwot em Asmara, capital da Eritreia. Policiais foram até minha casa, e por força me prenderam. Esta foi a terceira vez que fui preso nos últimos cinco anos. Nas ocasiões anteriores fui submetido a condições extremamente severas.

A prisão mais recente foi em janeiro de 2005, enquanto eu realizava uma cerimônia de casamento na cidade de Barentu, a 230 km de Asmara. Na ocasião, fui levado para o Campo de Prisioneiros de Sawa, onde passei 10 meses.

Lá eu sofri com problemas de saúde por causa das condições extremamente difíceis no campo de prisioneiros. Anteriormente a isso, eu havia sido detido depois de visitar uma delegacia de polícia em Asmara, para saber a situação de membros de minha congregação que estavam presos ali.

As leis eritreias proíbem que um cidadão permaneça por mais de 30 dias preso sem que uma queixa formal seja feita. Apesar disso, o governo tem prendido pastores sem ao menos dar um motivo ou justificativa clara para isso.”