Sebastião Neves

Parte da carta do Diplomata Sebastião Neves à Igreja do Senhor, quando estava na Líbia, na era pós Kadhafi.

 

Que o amor e a compaixão do Senhor Jesus estejam sobre todos vocês.

Estive enfermo, com duas lesões no estômago. Fui hospitalizado. Possivelmente devido à sobrecarga de trabalho, mas principalmente em razão das represálias espirituais, por eu estar tratando da reabertura das igrejas fechadas neste país. O Senhor tem sido gracioso para comigo. Estou curado!

Profeta egípcio. Tive longa e proveitosa conversa com o Profeta S. Khadiri, egípcio, recém-egresso ao país, que tinha sido perseguido, espancado e finalmente expulso da Líbia pelo regime de Kadhafi. Estive no seu modesto “esconderijo” (como o do profeta Eliseu na casa da sunamita), para um café, com ele e sua esposa. Tivemos inteira liberdade de conversar. Tem uns 65 anos, fisicamente muito bem disposto, e, como Paulo, leva as marcas do Evangelho no rosto e no corpo, Retornou a Trípoli para dirigir a igreja “invisível”, constituída de árabes cristãos, de diversas nacionalidades, segmento da Igreja de Trípoli, formada por cristãos de vários países e várias profissões, tendo Cristo Jesus como denominador comum. É claro que, discretamente, ele irá dar assistência a outras congregações invisíveis, especialmente em Zirte e Kufra, no sul, no Saara, com obreiros esperando para levar as Boas Novas a etnias dos Tuaregues, dispersos por muitos oásis do deserto.

Khadiri me confirmou que batizou muitos líbios e formou muitos “timóteos”. Me disse também que, por causa da perseguição dos serviços de inteligência de Kadhafi, muitos cristãos líbios foram embora para a Tunísia, país mais tolerante, e Egito, onde há igrejas evangélicas das mais diversas denominações, além de 5% da população que são cristãos coptas. Os cristãos líbios que permaneceram neste país possuem apenas uma “capa” de islamismo, aguardando dias melhores para saírem da sombra. No Egito, durante o breve mandato do Presidente m. Mursi, deposto recentemente pelos militares, foram destruídas 40 igrejas coptas.

Samuel regressou à Líbia também porque este país é estratégico para a propagação das Boas Novas no Norte da África e, mais tarde, na península arábica.

Com o novo governo que se está formando em Trípoli, deverá possivelmente ser designado um ministro de assuntos religiosos, com quem Samuel irá tratar, primeiro, da reabertura das igrejas que estão fechadas em Khums, Zawyia e Benghazi, e, conforme a “atmosfera de tolerância” que se está instalando no país, reuniões de oração nos lares. Nesse sentido, já existe articulação tanto da Igreja de Trípoli, quanto da “igreja invisível”. Tanto uma quanto a outra dão assistência a muitos africanos, famintos e perseguidos nos seus países de origem, que buscam algum alívio aqui na Líbia, onde, devido aos hidrocarbonetos, as condições de vida são melhores.

Eu e outros líderes leigos da Igreja de Trípoli iremos dar todo apoio a Samuel.

É óbvio que, sem as intercessões de vocês, isso jamais seria concretizado. O Senhor quer que trabalhemos como “igreja”, não como denominação.

Eu disse a Samuel que muitas igrejas, pastores e dirigentes de igrejas brasileiras estão intercedendo por ele, pela Igreja de Trípoli, pela igreja “invisível” e pela Líbia como um todo. Ele me deu e pediu-me para transmitir a vocês um recado: conforme está em João: 17, Jesus se santificava para que

Então, da mesma maneira, se os líderes e dirigentes das igrejas brasileiras se santificarem, todos os membros das nossas igrejas estarão se santificando. Samuel também externou a opinião de que o Brasil já se tornou o maior país missionário do mundo, e que terá o papel mais relevante no reavivamento e na última colheita. Por isso, ele está reivindicando do Senhor o “dízimo” da população brasileira, isto é, 20 milhões de brasileiros, como obreiros, profetas, missionários, evangelistas, pastores, em todos os países, para a maior colheita universal de todos os tempos.

Afetuosamente em Cristo.

 

Tópico: Sebastião Neves

Nenhum comentário foi encontrado.

Novo comentário