Amar como Cristo?
Esse é um dos textos que mais me constrange na Bíblia.
Paulo afirma que devemos amar nossas esposas, e para nos fazer compreender a profundidade do que está falando, o apóstolo apela para algo que não nos agrada: “comparação”, e nos emudece quando nos apresenta Cristo como o modelo a ser seguido.
Note que o texto não nos dá base para uma atitude condicionada, a ordem é incondicional.
Nada menos do que um relacionamento sacrificial é aceito por Deus, pois Cristo foi o primeiro a dar o exemplo, afim de santificar a Igreja para poderem viver em eterna harmonia.
Nessa perspectiva amar é: o ato de se doar em favor “daquela” que não merece, mas que carece do seu amor para viver.
O que nos atordoa é saber que nós maridos como “Noiva” de Cristo que somos, nos alegramos em termos recebido o perdão Dele, bem como por sua misericórdia, abnegação e longanimidade para conosco, pois sabemos como nós andávamos quando o “Noivo” morreu por nós, para que pudéssemos ter vida, e isso antes mesmo de demonstrarmos algum tipo de interesse por Ele. E agora, somos ordenados a fazer “o mesmo” sacrifício por nossas esposas.
É importante aqui frisarmos que Cristo nunca deixou a “Igreja” fazer o que quisesse com Ele, mas a amou a ponto de se entregar por ela, visando seu bem.
O problema é que, gostamos de dar ordens, somos rigorosos ao exigirmos submissão, nos alegramos por sermos autoridade, mas não queremos amar como Cristo amou.
Que Deus nos ajude a cumprir essa ordem!
Ir. Fábio Pereira
Ramá – Petrópolis