Dr. Sebastião Neves

O jornal O servo entrevista nesta edição, o Diplomata Brasileiro - Dr. Sebastião Neves.

 

O servo: O que é ser um Diplomata?

 

Dr. Sebastião Neves: É o indivíduo que representa o país lá fora (no exterior). Nós Diplomatas brasileiros representamos o povo brasileiro, o país; e defendemos os interesses brasileiros lá fora. Podemos classificar as atividades de um Diplomata em três partes: uma parte é a representação, onde ele participa de cocktails, recepções, jantares, etc, em que ele representa o país junto às autoridades no país onde ele está acreditado. Outra parte, que seria a mais relevante, é a parte da informação, ele lê a respeito do país onde está, observa os acontecimentos, analisa e lança no papel e manda para a sede, que é o Itamaraty, o Ministério das Relações Exteriores, os seus dados, as suas avaliações econômicas, políticas e comerciais do país onde ele está trabalhando. Veja que não é espionagem, nós não confundimos diplomacia com espionagem, nós não mandamos para Brasília informações classificadas de caráter sigiloso. Nós recolhemos nossas informações de programas de rádio, TV, jornais, revistas e fazemos uma análise e mandamos para o Itamaraty. Mas, a mais importante de todas as funções de um Diplomata e a capacidade de negociação. O Diplomata negocia acordos, tratados, convênios e aí é que ele demonstra sua habilidade de ser um mediador, um negociador, como fazer concessões e como obter concessões.

 

O servo: O senhor encontrou alguma resistência por parte de outros Diplomatas devido sua fé protestante?

 

Dr. Sebastião Neves: Nunca. O clima que existe no Itamaraty com relação a raça, religião ou sexo é um clima de entendimento e de tolerância, jamais fui cerceado ou inibido nas minhas atividades como Diplomata, pelo fato de ser um cristão comprometido com Cristo Jesus.

 

O servo: Como conciliar a atividade diplomática com a atividade cristã?

 

Dr. Sebastião Neves: Não é muito difícil. Na atividade diplomática você defende os interesses do Brasil, você representa o Brasil, o povo brasileiro, lá fora, você é um integrante do serviço diplomático brasileiro. E você como um Diplomata cristão, na verdade, você é um Embaixador de Cristo. Paulo diz na 2° carta aos Coríntios que todos nós, independentemente da profissão que exercemos, somos Embaixadores e Embaixadoras de Cristo Jesus. Não importa se você é homem ou mulher, marceneiro, médico, motorista, dentista, balconista, costureira, barbeiro, seja o que for, se você é um cristão, independente da denominação, você é um Embaixador de Cristo.

 

O servo: Como é ser um Diplomata missionário?

 

Dr. Sebastião Neves: No sentido restrito da palavra, eu não sou um missionário propriamente dito, pois o missionário é aquele que é mandado como emissário, este é o sentido da palavra missionário, um emissário de Deus. O Brasil hoje é a segunda maior potência missionária do mundo, e acho que estamos caminhando rapidamente para sermos a maior nação missionária do mundo. Hoje nós temos missionários brasileiros nos lugares mais distantes do planeta atuando nos mais diferentes países do mundo. Agora em um sentido lato, amplo, eu sou um missionário porque junto com as atividades

missionários brasileiros que se encontram no exterior; e também, oriento pessoas que receberam uma chamado de Deus para serem missionários em outros países, dou orientação, conselho porque vivi muito tempo em vários países do exterior, estive em contato com missões brasileiras que enviam missionários; estive em contato com centenas de missionários brasileiros do exterior, então é sempre possível dar algum conselho, alguma orientação para os missionários que vão. E lá com os missionários que se encontram no exterior sempre tive um relacionamento muito estreito com eles, sempre foi possível verificar quais as necessidades, qual o apoio que seria possível dar aqui e ali para que eles pudessem exercer com maior encorajamento suas atividades de missionários.

 

O servo: Qual a sua análise sobre esse movimento social que tomou as ruas do nosso país por melhorias nos serviços públicos, dentre outras reivindicações?

 

Dr. Sebastião Neves: Esse clamor nacional não é privilégio de uma única classe. Brasileiros de todas as classes, de todos os patamares sociais estão levantando um clamor intenso pela melhoria dos serviços públicos, pelo combate à corrupção, por melhores serviços em termos de saúde, educação, saneamento básico, pela transparência das atividades dos serviços públicos, pelo julgamento e condenação daqueles que desviaram recursos públicos. É verdade que as propostas que foram feitas até agora, não vieram muito bem ao encontro do clamor das ruas, estão pensando em termos de reforma política, mas esta não está no eixo das reivindicações de todos os clamores que vem dos quatro quadrantes do país, mas eu acho que estas reivindicações serão examinadas, estudadas e a minha posição é de que estas reivindicações mais cedo ou mais tarde serão atendidas.

 

O servo: O senhor acredita que esse movimento marcará o início de um novo tempo nas relações entre o povo brasileiro e o Estado?

 

Dr. Sebastião Neves: Sem dúvida. Tem havido uma característica básica, essencial no relacionamento entre os poderes do Congresso, do governo e o povo, a população, eu diria que existia até a chegada dessas manifestações, desse clamor público, um relacionamento de descaso, com relação a população, com relação aos eleitores brasileiros, com a população brasileira. Agora não, é tão distinto esse clamor, está fazendo tanta diferença na nossa história que você vê uma tremenda atividade do Congresso, do governo e até mesmo de juízes e magistrados no sentido de começar a atender o mais rápido possível a algumas dessas reivindicações que estão sendo levantadas nessas manifestações, que queremos que sempre sejam pacíficas, ordeiras. Nós condenamos com veemência todo e qualquer surto de violência, de distúrbio, aliás, é uma pequena minoria que participa dessas ações de vandalismo, dá pra dizer que os brasileiros agora, não querem apenas passar de um patamar para outro, como aconteceu com 40 milhões de brasileiros que deixaram uma situação de pobreza extrema, de penúria para uma situação melhor, vamos dizer de pobreza digna. Não, agora, todos os brasileiros querem melhores serviços em todos os setores, porque o país tem recursos para isso.

 

O servo: Qual o papel da Igreja e dos cristãos nesse momento?

 

Dr. Sebastião Neves: Eu acho que os cristãos devem participar, não há nada,

missionários brasileiros que se encontram no exterior; e também, oriento pessoas que receberam uma chamado de Deus para serem missionários em outros países, dou orientação, conselho porque vivi muito tempo em vários países do exterior, estive em contato com missões brasileiras que enviam missionários; estive em contato com centenas de missionários brasileiros do exterior, então é sempre possível dar algum conselho, alguma orientação para os missionários que vão. E lá com os missionários que se encontram no exterior sempre tive um relacionamento muito estreito com eles, sempre foi possível verificar quais as necessidades, qual o apoio que seria possível dar aqui e ali para que eles pudessem exercer com maior encorajamento suas atividades de missionários.

 

O servo: Qual a sua análise sobre esse movimento social que tomou as ruas do nosso país por melhorias nos serviços públicos, dentre outras reivindicações?

 

Dr. Sebastião Neves: Esse clamor nacional não é privilégio de uma única classe. Brasileiros de todas as classes, de todos os patamares sociais estão levantando um clamor intenso pela melhoria dos serviços públicos, pelo combate à corrupção, por melhores serviços em termos de saúde, educação, saneamento básico, pela transparência das atividades dos serviços públicos, pelo julgamento e condenação daqueles que desviaram recursos públicos. É verdade que as propostas que foram feitas até agora, não vieram muito bem ao encontro do clamor das ruas, estão pensando em termos de reforma política, mas esta não está no eixo das reivindicações de todos os

clamores que vem dos quatro quadrantes do país, mas eu acho que estas reivindicações serão examinadas, estudadas e a minha posição é de que estas reivindicações mais cedo ou mais tarde serão atendidas.

 

O servo: O senhor acredita que esse movimento marcará o início de um novo tempo nas relações entre o povo brasileiro e o Estado?

 

Dr. Sebastião Neves: Sem dúvida. Tem havido uma característica básica, essencial no relacionamento entre os poderes do Congresso, do governo e o povo, a população, eu diria que existia até a chegada dessas manifestações, desse clamor público, um relacionamento de descaso, com relação a população, com relação aos eleitores brasileiros, com a população brasileira. Agora não, é tão distinto esse clamor, está fazendo tanta diferença na nossa história que você vê uma tremenda atividade do Congresso, do governo e até mesmo de juízes e magistrados no sentido de começar a atender o mais rápido possível a algumas dessas reivindicações que estão sendo levantadas nessas manifestações, que queremos que sempre sejam pacíficas, ordeiras. Nós condenamos com veemência todo e qualquer surto de violência, de distúrbio, aliás, é uma pequena minoria que participa dessas ações de vandalismo, dá pra dizer que os brasileiros agora, não querem apenas passar de um patamar para outro, como aconteceu com 40 milhões de brasileiros que deixaram uma situação de pobreza extrema, de penúria para uma situação melhor, vamos dizer de pobreza digna. Não, agora, todos os brasileiros querem melhores serviços em todos os setores, porque o país tem recursos para isso.

 

O servo: Qual o papel da Igreja e dos cristãos nesse momento?

 

Dr. Sebastião Neves: Eu acho que os cristãos devem participar, não há nada,

missionários brasileiros que se encontram no exterior; e também, oriento pessoas que receberam uma chamado de Deus para serem missionários em outros países, dou orientação, conselho porque vivi muito tempo em vários países do exterior, estive em contato com missões brasileiras que enviam missionários; estive em contato com centenas de missionários brasileiros do exterior, então é sempre possível dar algum conselho, alguma orientação para os missionários que vão. E lá com os missionários que se encontram no exterior sempre tive um relacionamento muito estreito com eles, sempre foi possível verificar quais as necessidades, qual o apoio que seria possível dar aqui e ali para que eles pudessem exercer com maior encorajamento suas atividades de missionários.

 

O servo: Qual a sua análise sobre esse movimento social que tomou as ruas do nosso país por melhorias nos serviços públicos, dentre outras reivindicações?

 

Dr. Sebastião Neves: Esse clamor nacional não é privilégio de uma única classe. Brasileiros de todas as classes, de todos os patamares sociais estão levantando um clamor intenso pela melhoria dos serviços públicos, pelo combate à corrupção, por melhores serviços em termos de saúde, educação, saneamento básico, pela transparência das atividades dos serviços públicos, pelo julgamento e condenação daqueles que desviaram recursos públicos. É verdade que as propostas que foram feitas até agora, não vieram muito bem ao encontro do clamor das ruas, estão pensando em termos de reforma política, mas esta não está no eixo das reivindicações de todos os

clamores que vem dos quatro quadrantes do país, mas eu acho que estas reivindicações serão examinadas, estudadas e a minha posição é de que estas reivindicações mais cedo ou mais tarde serão atendidas.

 

O servo: O senhor acredita que esse movimento marcará o início de um novo tempo nas relações entre o povo brasileiro e o Estado?

 

Dr. Sebastião Neves: Sem dúvida. Tem havido uma característica básica, essencial no relacionamento entre os poderes do Congresso, do governo e o povo, a população, eu diria que existia até a chegada dessas manifestações, desse clamor público, um relacionamento de descaso, com relação a população, com relação aos eleitores brasileiros, com a população brasileira. Agora não, é tão distinto esse clamor, está fazendo tanta diferença na nossa história que você vê uma tremenda atividade do Congresso, do governo e até mesmo de juízes e magistrados no sentido de começar a atender o mais rápido possível a algumas dessas reivindicações que estão sendo levantadas nessas manifestações, que queremos que sempre sejam pacíficas, ordeiras. Nós condenamos com veemência todo e qualquer surto de violência, de distúrbio, aliás, é uma pequena minoria que participa dessas ações de vandalismo, dá pra dizer que os brasileiros agora, não querem apenas passar de um patamar para outro, como aconteceu com 40 milhões de brasileiros que deixaram uma situação de pobreza extrema, de penúria para uma situação melhor, vamos dizer de pobreza digna. Não, agora, todos os brasileiros querem melhores serviços em todos os setores, porque o país tem recursos para isso.

 

O servo: Qual o papel da Igreja e dos cristãos nesse momento?

 

Dr. Sebastião Neves: Eu acho que os cristãos devem participar, não há nada,

missionários brasileiros que se encontram no exterior; e também, oriento pessoas que receberam uma chamado de Deus para serem missionários em outros países, dou orientação, conselho porque vivi muito tempo em vários países do exterior, estive em contato com missões brasileiras que enviam missionários; estive em contato com centenas de missionários brasileiros do exterior, então é sempre possível dar algum conselho, alguma orientação para os missionários que vão. E lá com os missionários que se encontram no exterior sempre tive um relacionamento muito estreito com eles, sempre foi possível verificar quais as necessidades, qual o apoio que seria possível dar aqui e ali para que eles pudessem exercer com maior encorajamento suas atividades de missionários.

 

O servo: Qual a sua análise sobre esse movimento social que tomou as ruas do nosso país por melhorias nos serviços públicos, dentre outras reivindicações?

 

Dr. Sebastião Neves: Esse clamor nacional não é privilégio de uma única classe. Brasileiros de todas as classes, de todos os patamares sociais estão levantando um clamor intenso pela melhoria dos serviços públicos, pelo combate à corrupção, por melhores serviços em termos de saúde, educação, saneamento básico, pela transparência das atividades dos serviços públicos, pelo julgamento e condenação daqueles que desviaram recursos públicos. É verdade que as propostas que foram feitas até agora, não vieram muito bem ao encontro do clamor das ruas, estão pensando em termos de reforma política, mas esta não está no eixo das reivindicações de todos os

clamores que vem dos quatro quadrantes do país, mas eu acho que estas reivindicações serão examinadas, estudadas e a minha posição é de que estas reivindicações mais cedo ou mais tarde serão atendidas.

 

O servo: O senhor acredita que esse movimento marcará o início de um novo tempo nas relações entre o povo brasileiro e o Estado?

 

Dr. Sebastião Neves: Sem dúvida. Tem havido uma característica básica, essencial no relacionamento entre os poderes do Congresso, do governo e o povo, a população, eu diria que existia até a chegada dessas manifestações, desse clamor público, um relacionamento de descaso, com relação a população, com relação aos eleitores brasileiros, com a população brasileira. Agora não, é tão distinto esse clamor, está fazendo tanta diferença na nossa história que você vê uma tremenda atividade do Congresso, do governo e até mesmo de juízes e magistrados no sentido de começar a atender o mais rápido possível a algumas dessas reivindicações que estão sendo levantadas nessas manifestações, que queremos que sempre sejam pacíficas, ordeiras. Nós condenamos com veemência todo e qualquer surto de violência, de distúrbio, aliás, é uma pequena minoria que participa dessas ações de vandalismo, dá pra dizer que os brasileiros agora, não querem apenas passar de um patamar para outro, como aconteceu com 40 milhões de brasileiros que deixaram uma situação de pobreza extrema, de penúria para uma situação melhor, vamos dizer de pobreza digna. Não, agora, todos os brasileiros querem melhores serviços em todos os setores, porque o país tem recursos para isso.

 

O servo: Qual o papel da Igreja e dos cristãos nesse momento?

 

Dr. Sebastião Neves: Eu acho que os cristãos devem participar, não há nada,

missionários brasileiros que se encontram no exterior; e também, oriento pessoas que receberam uma chamado de Deus para serem missionários em outros países, dou orientação, conselho porque vivi muito tempo em vários países do exterior, estive em contato com missões brasileiras que enviam missionários; estive em contato com centenas de missionários brasileiros do exterior, então é sempre possível dar algum conselho, alguma orientação para os missionários que vão. E lá com os missionários que se encontram no exterior sempre tive um relacionamento muito estreito com eles, sempre foi possível verificar quais as necessidades, qual o apoio que seria possível dar aqui e ali para que eles pudessem exercer com maior encorajamento suas atividades de missionários.

 

O servo: Qual a sua análise sobre esse movimento social que tomou as ruas do nosso país por melhorias nos serviços públicos, dentre outras reivindicações?

 

Dr. Sebastião Neves: Esse clamor nacional não é privilégio de uma única classe. Brasileiros de todas as classes, de todos os patamares sociais estão levantando um clamor intenso pela melhoria dos serviços públicos, pelo combate à corrupção, por melhores serviços em termos de saúde, educação, saneamento básico, pela transparência das atividades dos serviços públicos, pelo julgamento e condenação daqueles que desviaram recursos públicos. É verdade que as propostas que foram feitas até agora, não vieram muito bem ao encontro do clamor das ruas, estão pensando em termos de reforma política, mas esta não está no eixo das reivindicações de todos os

clamores que vem dos quatro quadrantes do país, mas eu acho que estas reivindicações serão examinadas, estudadas e a minha posição é de que estas reivindicações mais cedo ou mais tarde serão atendidas.

 

O servo: O senhor acredita que esse movimento marcará o início de um novo tempo nas relações entre o povo brasileiro e o Estado?

 

Dr. Sebastião Neves: Sem dúvida. Tem havido uma característica básica, essencial no relacionamento entre os poderes do Congresso, do governo e o povo, a população, eu diria que existia até a chegada dessas manifestações, desse clamor público, um relacionamento de descaso, com relação a população, com relação aos eleitores brasileiros, com a população brasileira. Agora não, é tão distinto esse clamor, está fazendo tanta diferença na nossa história que você vê uma tremenda atividade do Congresso, do governo e até mesmo de juízes e magistrados no sentido de começar a atender o mais rápido possível a algumas dessas reivindicações que estão sendo levantadas nessas manifestações, que queremos que sempre sejam pacíficas, ordeiras. Nós condenamos com veemência todo e qualquer surto de violência, de distúrbio, aliás, é uma pequena minoria que participa dessas ações de vandalismo, dá pra dizer que os brasileiros agora, não querem apenas passar de um patamar para outro, como aconteceu com 40 milhões de brasileiros que deixaram uma situação de pobreza extrema, de penúria para uma situação melhor, vamos dizer de pobreza digna. Não, agora, todos os brasileiros querem melhores serviços em todos os setores, porque o país tem recursos para isso.

 

O servo: Qual o papel da Igreja e dos cristãos nesse momento?

 

Dr. Sebastião Neves: Eu acho que os cristãos devem participar, não há nada,

missionários brasileiros que se encontram no exterior; e também, oriento pessoas que receberam uma chamado de Deus para serem missionários em outros países, dou orientação, conselho porque vivi muito tempo em vários países do exterior, estive em contato com missões brasileiras que enviam missionários; estive em contato com centenas de missionários brasileiros do exterior, então é sempre possível dar algum conselho, alguma orientação para os missionários que vão. E lá com os missionários que se encontram no exterior sempre tive um relacionamento muito estreito com eles, sempre foi possível verificar quais as necessidades, qual o apoio que seria possível dar aqui e ali para que eles pudessem exercer com maior encorajamento suas atividades de missionários.

 

O servo: Qual a sua análise sobre esse movimento social que tomou as ruas do nosso país por melhorias nos serviços públicos, dentre outras reivindicações?

 

Dr. Sebastião Neves: Esse clamor nacional não é privilégio de uma única classe. Brasileiros de todas as classes, de todos os patamares sociais estão levantando um clamor intenso pela melhoria dos serviços públicos, pelo combate à corrupção, por melhores serviços em termos de saúde, educação, saneamento básico, pela transparência das atividades dos serviços públicos, pelo julgamento e condenação daqueles que desviaram recursos públicos. É verdade que as propostas que foram feitas até agora, não vieram muito bem ao encontro do clamor das ruas, estão pensando em termos de reforma política, mas esta não está no eixo das reivindicações de todos os

clamores que vem dos quatro quadrantes do país, mas eu acho que estas reivindicações serão examinadas, estudadas e a minha posição é de que estas reivindicações mais cedo ou mais tarde serão atendidas.

 

O servo: O senhor acredita que esse movimento marcará o início de um novo tempo nas relações entre o povo brasileiro e o Estado?

 

Dr. Sebastião Neves: Sem dúvida. Tem havido uma característica básica, essencial no relacionamento entre os poderes do Congresso, do governo e o povo, a população, eu diria que existia até a chegada dessas manifestações, desse clamor público, um relacionamento de descaso, com relação a população, com relação aos eleitores brasileiros, com a população brasileira. Agora não, é tão distinto esse clamor, está fazendo tanta diferença na nossa história que você vê uma tremenda atividade do Congresso, do governo e até mesmo de juízes e magistrados no sentido de começar a atender o mais rápido possível a algumas dessas reivindicações que estão sendo levantadas nessas manifestações, que queremos que sempre sejam pacíficas, ordeiras. Nós condenamos com veemência todo e qualquer surto de violência, de distúrbio, aliás, é uma pequena minoria que participa dessas ações de vandalismo, dá pra dizer que os brasileiros agora, não querem apenas passar de um patamar para outro, como aconteceu com 40 milhões de brasileiros que deixaram uma situação de pobreza extrema, de penúria para uma situação melhor, vamos dizer de pobreza digna. Não, agora, todos os brasileiros querem melhores serviços em todos os setores, porque o país tem recursos para isso.

 

O servo: Qual o papel da Igreja e dos cristãos nesse momento?

 

Dr. Sebastião Neves: Eu acho que os cristãos devem participar, não há nada,

participação dos cristãos em movimentos pacíficos, para a reivindicação de melhores condições de vida para o povo brasileiro: para si mesmo, para suas famílias e para a população. Nós queremos um Brasil melhor, então, não há nada que impeça, pelo contrário, ele deve participar, é um momento histórico esse, ele não está se insurgindo contra as autoridades. Paulo diz na sua epístola a Timóteo, que o cristão deve reverenciar e orar pelas autoridades. Ele quer melhores condições, ele quer um futuro melhor para o país, para o povo brasileiro e ele está participando de reivindicações através de passeatas e manifestações ordeiras, pacíficas, então, seja o cristão ou a Igreja como um todo, deve participar e apoiar inclusive a participação de cristãos nessas manifestações. Nós mesmos, como cristãos, participamos de atividades que compreendem objetivos sociais e políticos. Há pouco tempo nós tivemos a alegria de ver a aglomeração de mais de 70 mil cristãos em Brasília, fazendo reivindicações com relação a liberdade de expressão, de imprensa, à família, à Palavra, ao direito à vida do nascituro. A Igreja deve estar sempre orando, eu até acho, que essas passeatas, esses protestos são respostas de oração, de preces. Quantas igrejas, quantos irmãos, madrugada a dentro dobraram seus joelhos e choraram por um Brasil melhor, aí você tem a resposta. Claro, protestos, manifestações sempre pacíficas, esse é um princípio inclusive cristão. Agora veja, no curso da história houve atividades interessantes das quais os cristãos participaram. Nós nos perguntamos na época do cristianismo primitivo, que foi tão relevante para a criação e para a consolidação dos fundamentos da Igreja, o que aconteceu com os cristãos quando na época de Tito houve a invasão da Palestina? Os romanos foram a Palestina para destruir Israel. Os cristãos participaram ativamente do movimento de resistência contra os romanos.

 

O servo: Recentemente o Vice Presidente brasileiro Michel Temer esteve em uma visita em Israel. O que tem de tão especial nessa visita?

 

Dr. Sebastião Neves: O Vice Presidente esteve, semana passada, fazendo uma visita oficial a Israel. Nunca nenhuma autoridade brasileira desse quilate esteve visitando Israel em caráter oficial. O que chama atenção são dois aspectos particulares dessa visita: 1°) Justamente nessa época em que Israel está sendo escorraçado no cenário internacional, por diversos motivos, que as nações acham corretas, nós questionamos essas razões e essas posturas. Há nações que abertamente ou com descrição preconizam a extinção, a destruição do Estado de Israel. Não é a nossa postura absolutamente, para nós cristãos que vemos o Estado de Israel como cumprimento das Escrituras diante de nossos olhos. Quase todos os profetas grandes e pequenos das Escrituras, profetizaram a respeito do renascimento do Estado de Israel, e não é só o renascimento político, geográfico, mas também o renascimento espiritual do povo judeu. Então, esta é uma época crucial, Israel nesse momento, está sendo considerado como uma espécie de câncer político no cenário internacional. Justamente agora o Brasil decide se aproximar de Israel, então envia para lá, o segundo mandatário mais importante do país e realiza uma visita oficial ao Estado judeu. Nós nos aproximamos de Israel, afirmamos acordo de natureza comercial, econômica, estamos nos tornando uma espécie de irmão mais velho do Estado de Israel e isso é benção para nós, pois conhecemos bem as Escrituras. O Senhor Jeová disse a Abraão, para ele e para seus descendentes, através dele e amaldiçoarei aqueles que te amaldiçoarem”. Então, nós estamos abençoando Israel. Existe uma dimensão de bênçãos que virão na esteira dessa visita que nós, nem se quer, conseguimos imaginar. O 2° aspecto é o seguinte: o Brasil teve uma importância muito relevante na criação do Estado de Israel. Eu recordo aos que tem interesse especial nesse assunto, que em 1947, as Nações Unidas convocaram uma sessão especial da Assembléia Geral para examinar a chamada questão Palestina. Estava no seu bojo, o debate da criação do Estado de Israel. Chamaram para presidir essa sessão um Diplomara brasileiro, que era conhecido e tinha a reputação de ser muito habilidoso, que dominava bem os idiomas universais: inglês, francês e espanhol, chamado Oswaldo Aranha. Ele então, na presidência dessa sessão conseguiu conciliar posições e em um dos debates que estava conduzindo, a chamada “Partilha Palestina”, com a criação do Estado de Israel, ele reparou que não havia número de votos que seriam suficientes, ou seja, dois terços dos votos, para a criação do Estado de Israel e suspendeu a sessão. Então permitiu e participou das conversações de bastidores para que houvesse um número de votos suficientes. Quando ele sentiu que já havia um posicionamento nessa questão, ele convocou novamente a sessão e nós sabemos o que aconteceu. O Estado de Israel foi criado com uma maioria de mais de dois terços das nações que estavam ali representadas. Eu tive o privilégio de visitar um pequeno museu que está no Kibuts Bror Hayil, em Israel, esse museu tem coisas interessantes: tem o martelo que Oswaldo Aranha usou, que bateu depois da criação do Estado de Israel; tem a lista de todos aqueles que votaram, daqueles que apoiaram, daqueles que se abstiveram e daqueles que negaram a criação do Estado de Israel. E também, uma outra coisa muito interessante, naquela época, a televisão estava “engatinhando”. Todos os programas eram transmitidos pelo rádio, e a votação, os desdobramentos dessa sessão célebre, verdadeiramente histórica, tudo isso foi registrada pelo rádio. Eu ouvi uma gravação do que aconteceu nessa sessão, essa gravação também está no Museu Oswaldo Aranha.

 

O servo: Quais seus planos para o futuro?

 

Dr. Sebastião Neves: No curso da minha vida, fui me empenhando cada vez mais no serviço diplomático do Reino. Está se aproximando o tempo de aposentar e então, vou dedicar muito mais tempo à obra de Deus. E o meu chamado é a obra missionária, o meu chamado é dar assistência e apoio aos missionários, àqueles que pretendem partir como missionários, que receberam o chamado de Deus para serem missionários em países próximos ou distantes ou dar apoio aos missionários em países onde eles já estão atuando no chamado “campo missionário”. Então vou continuar a fazer deslocamentos, os deslocamentos serão por minha conta, individualmente ou com minha esposa ou então em grupos como já aconteceu em época de férias. Haverá um envolvimento cada vez maior na minha atividade missionária, dentro do chamado que eu tive do Senhor, o meu chamado é de prestar assistência e apoio as atividades missionárias e aos missionários.

 

 

“Não importa se você é homem ou mulher, marceneiro, médico, motorista, dentista, balconista, costureira, barbeiro, seja o que for, se você é um cristão, independente da denominação, você é um Embaixador de Cristo'