O jornal O servo entrevista nesta edição, o Ir. Marcos Vinícios – Ramá - Petrópolis.

O servo: Como foi sua conversão?

Ir. Marcos Vinícios: Eu tinha 19 anos e trabalhava com o André (líder). Levava uma vida dupla entre a igreja e o pagode. A igreja que eu frequentava com minha mãe dava ênfase mais aos dons espirituais (revelação) do que a ministração da Palavra de Deus, por isso eu pensava que a vida dupla que eu levava era nornal.

Tive experiências com Deus em relação as revelações, mas nunca senti a presença do Senhor. Eu achava que eu era de Deus, pois não tinha vícios e frequentava a igreja. Até que um dia o André falou comigo que era necessário uma entrega total, pois Deus não aceita quem está com o coração divido, isto é, em cima do muro. E esta palavra me impactou.

Fui em um retiro em Ramá, senti a presença de Deus e me entreguei totalmente a Ele. Logo depois que voltei do retiro tive que resistir às propostas que me foram apresentadas pelo mundo, coisas que eu sempre quis fazer e nunca tive a oportunidade, começaram a se tornar frequentes para mim, mas permaneci firme, mesmo tendo que me afastar dos amigos.

O servo: O que você aprendeu com Deus na Comunidade Ramá?

Ir. Marcos Vinícios: Aprendi a ter fé e esperança na eternidade. Eu não tinha noção de eternidade e pensava que fé e esperança era coisa só para este mundo, só para obter vitória aqui.

O servo: O que Deus tem falado contigo atualmente?

Ir. Marcos Vinícios: Deus tem despertado em mim amor pelos perdidos. Tenho sentido a direção de Deus de viver mais para o Reino e menos para mim. Quero que a minha vida resplandeça a Glória de Deus! Tenho tanto desejo de me doar ao Senhor, para Sua obra, que às vezes, os projetos humanos que são tão comuns a todos, passam quase que despercebidos por mim.

O servo: Deus usou o irmão para alcançar o irmão Douglas como tem sido esta experiência?

Ir. Marcos Vinícios: Tem sido uma experiência tremenda, pois a conversão e a libertação dos vícios foi tão impactante que têm refletido também na família dele. A mudança foi tão marcante que a mãe dele queria me recompensar, mas falei com ela que a minha recompensa seria a permanência dele no caminho do Senhor. Me emocionei quando ela disse que depois de muitos anos este seria o 1º Natal que o Douglas passaria em casa com a família. E agora, desejando orar por todos.

O servo: Além do Douglas você tem tabalhado com outra pessoa?

Ir. Marcos Vinícios: Tenho trabalhado com o Edson, um jovem escravizado pelo álcool (a situação dele é crítica). Estamos ajudando-o em suas necessidades físicas, mas temos procurado deixar bem claro para ele a realidade do Reino de Deus, que para mim, é a sua maior necessidade. Ele carece de muita oração.

O servo: Deixe um versículo.

Ir. Marcos Vinícios: “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.”