André Luiz Arleo Faria

Graças a Deus, nunca tive vícios; experimentei bebidas e cigarros, mas nunca usei drogas. Era católico fervoroso, porque minha avó também era. Quando ela morreu, passei a não frequentar mais às missas nem adorar imagens (antes, eu nunca saía de casa sem uma imagem na carteira). Mas ainda era um religioso, tanto é que, quando minha mãe (Isabel) se converteu eu a recriminava, falava que ela tinha abandonado as imagens, que tinha desonrado minha avó.

Nesse tempo eu e alguns amigos montamos uma banda de rock. Então, abandonei tudo, comecei fazer muitas tatuagens, saía de casa, voltava tarde, dormia do lado de fora.

Fui trabalhar em uma loja onde havia alguns evangélicos, todos da minha idade, fiz amizade com eles. Um dia, fiz outra tatuagem, dessa vez o número 666 nos dedos (que tenho até hoje e me arrependo!). Quando cheguei no trabalho eles me falaram assim: - Deus te ama do jeito que você é! Acho que foi plantada uma semente naquele dia, porque eu era roqueiro, tinha cabelo azul, várias tatuagens e mesmo assim eles pregavam pra mim. A partir desse dia eu acredito que começou o mover de Deus, porque foi depois disso que comecei querer saber mais de Deus.

Minha mãe estava para casar e me convidou para entrar na igreja com ela; aceitei na hora, em outros tempos eu iria xingar (“ah, esses crentes!!!”). Depois ela me convidou para ir em um culto, não aceitei. Quando teve a Ceia da virada do ano, eu fui, quando acabou, às 6 horas da manhã, estava reclamando muito, falei que não voltaria nunca mais.

Comecei trabalhar de cobrador; decidi morar sozinho, morei 1 ano e 3 meses; então, conheci a Cíntia. Nesse tempo eu estava mais “normal”, porque minha profissão exigia uma boa aparência. Eu e a Cíntia começamos namorar, no início eu escutava muitas coisas, o preconceito era grande, mas mesmo assim eu continuei. Teve uma época que a gente estava passando por um momento ruim, minha mãe convidou para irmos na igreja, nós fomos. Nesse dia, quando acabou o culto, fomos falar com o pastor Luis, contar nossos problemas, ele disse que estava feliz por termos ido ao culto e disse também que para resolver nosso problema teríamos que nos casar. Então, passei a frequentar os cultos com a Cíntia. Casamos, fiz o discipulado, batizei e Graças a Deus estou firme até hoje.

Agradeço a Deus pelo meu casamento, meus filhos e pela oportunidade de estar na presença D'Ele.

Ir. André Luiz Arleo de Faria