TESTEMUNHO

                       

            Nunca fui de frequentar igrejas, nunca tive temor a Deus, na verdade só O conhecia de ouvir falar. Eu era um tipo muito desobediente, arrogante e “respondão”. Ao final dos dezesseis anos, fui realmente rebelde, não media as palavras, seja onde ou com quem falava (Deus me livrou várias vezes da morte). Comecei me envolver com drogas, por isso, perdi muitas noites de sono; me estressava fácil; não tinha controle. Lembro-me que certa vez fui à uma festa e gastei algum dinheiro com essas coisas. Conforme o tempo passava, gastava mais.

            Tive um amigo, que incentivei a usar também, mesmo ele sendo inteligente,  aceitou, e daí por diante, começou a usar sem controle.

            Nesse ponto, acredito que minha mãe já sabia da situação, só não queria acreditar, mas eu não me importava com ela; acho que não sabia amar minha família de verdade.  Minha ignorância me atrapalhou bastante a ter uma amizade, um amor verdadeiro por minha mãe (quanto tempo perdi! Quão tolo eu fui!).

            Eu frequentava algumas festas e ali conheci um amigo, que quatro meses mais tarde convidou meu irmão pra ir à igreja. O amigo havia se convertido e batizado e veio pregar o Evangelho. Meu irmão aceitou o convite de visitar a igreja. Passado algumas semanas, ele começou ouvir louvores que falavam de Deus; eu, inconformado com a situação, pedia para tirar as músicas e me deixar em paz. Foi então que ele aproveitou o meu momento de ira para falar de Deus e me convidar pra ir à igreja. Eu perguntei: “- Fazer o quê? Não perdi nada lá.” Ele persistiu e convidou outras vezes. Eu disse: “- Tá bom, mas só irei dessa vez, e, por favor, não me convide outra vez”. Então fui ao culto e quando o louvor era ministrado, senti meu coração bater mais forte e queimar, aquilo me causou intensa emoção, mas eu era ignorante e de coração duro. No entanto, mesmo com a cara fechada, fui muito bem recebido. Estranhei a alegria do povo. Fui ao próximo culto pra entender o porquê da alegria do povo de vir falar comigo sem me conhecer (não suportava aquilo!). Neste culto meu irmão aceitou Jesus, fiquei sem saber o que fazer, não sabia se o tirava de lá ou se ia embora.

            Algumas pessoas me faziam perguntas: “- Você não quer aceitar Jesus?”  respondi: “- Não, quero acertar minha vida primeiro”. Então alguém disse: “- Você aceitou, só não sabe ainda”. Essa frase me fez refletir.

            Após três ou quatro meses indo à igreja e o coração já não aguentando mais, decidi entregar minha vida ao Senhor Jesus. Fui impactado pela Glória de Deus. Logo em seguida teve um retiro da igreja, onde tive experiências inesquecíveis. Fui batizado e comecei  ler a Bíblia.

            Depois disto, Deus falou ao meu coração: “- Lembre-se do seu amigo o qual você ofereceu o que não deveria, fala do meu amor pra ele, minha Glória, minha Palavra! “- Deus, logo eu? Por que eu? Ele é mais inteligente e não irá aceitar.” E Deus insistentemente colocava isso no meu coração. Então fui, conversamos, falei das experiências que vivi, o que Jesus fez comigo. Chamei ele pra visitar a igreja, e, para minha surpresa, ele foi e assumiu um compromisso com Jesus. Então, começamos  compartilhar experiências e após uns seis meses, ele faleceu.

            Aquilo me fez refletir:  Deus estava me olhando e me livrando, desde o meu nascimento. Deus, por muitas vezes, falou comigo e eu movido pelas circunstâncias ao meu redor, não dava ouvidos. Ele é um Deus misericordioso, Deus de amor, mas também um Deus justo.

Ir. Renato Santos

Ramá – Sta. Cruz da Serra

Tópico: Renato (Sta. Cruz)

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