Lucilene Maria Borges

Nasci em um lar não cristão. Meus pais foram casados durante 10 anos, o relacionamento não era bom. Aconteceu  a  traição da parte de meu pai e logo depois, a separação. Assim, a nossa família virou de cabeça pra baixo, minha mãe perdeu o juízo:  fazia festas (bebia), não respeitava ninguém e me perseguia (na época, eu era a única filha mulher), ela também nos usou para provocar a nova esposa do meu pai, nos mandando (éramos 3 irmãos) morar com ele. Passamos muitas humilhações, palavras que nos machucaram, fora o sentimento de rejeição. Até que um dia fugi e voltei a morar com minha avó.  Já me sentia adulta e dizia que quem mandava em mim era eu. Mas, mesmo rebelde, tinha o lado positivo, contava tudo à minha avó, mesmo as coisas erradas que fazia. Cresci sem querer formar uma família e o meu desejo era apenas usar os homens. Para mim, casamento era “coisa de mané”.  Passei a fumar com 13 anos, com 16, já era viciada, experimentei  maconha, e bebia sempre, só dava satisfação à minha avó, mas não a obedecia na maioria das vezes. Com 16 anos participei de um encontro de jovens na igreja católica. Logo depois, abandonei o grupo. Aos 18 anos visitava, junto com Bete, algumas igrejas evangélicas, eu tinha sede de Deus. Nessa época mudei de emprego e conheci o José Carlos, que era casado. Comecei um relacionamento com ele que durou cerca de 13 anos,  tivemos 2 filhos: Ana Carolina e Carlos Eduardo. Depois de mais uma briga,  vindo do baile sozinha e embriagada me senti envergonhada diante dos meus filhos e decidi mudar de vida e comecei a buscar a Deus do meu jeito, na igreja católica. Coloquei a Carol na catequese e ia à missa todos os domingos. Nesse meio tempo, voltei a estar com o José. Sentia-me "muito bem" indo à missa e na saída íamos para o bar  (eu, ele e os filhos). Só que Deus tinha Seus planos e viu que havia sinceridade em mim, eu falava com Ele e com uma amiga (Ana Paula), serva de Deus, que trabalhava comigo. Na época, foi uma das pessoas que me ajudou muito, sempre me dando palavras de alerta, falando do pecado de adultério. Um domingo, fui à missa com as crianças,  e depois iria me  encontrar com o José. Peguei a folha da liturgia e me deparei com o vers. que diz  que não se pode servir a 2 senhores...(Lc 16.13). Na época, entendi que não poderia ter mais de um Deus, e  comecei a questionar o porquê das imagens (que eu já não gostava mesmo!). No meio da missa, peguei meus filhos e sai dizendo que nunca mais voltaria. Depois disto, o Senhor começou a conduzir meus passos, fui visitar uma igreja evangélica e encontrei a Bete, a partir daquele dia começamos a nos encontrar sempre, para estudar a Bíblia e orar. E até hoje estou fazendo Corpo na Comunidade Ramá, onde Deus tem me deixado. Fui liberta dos vícios e Deus tratou também o adultério. Foi preciso esforço e da ajuda de irmãs, não iria conseguir sozinha. Até a conversão foi muita luta, dificuldades e tristezas. Depois, Deus fez muitas maravilhas, inclusive na minha família.   Devido ao pecado, as consequências foram terríveis, mas não se comparam com o amor de Deus por mim e pelos meus também. Um irmão se converteu e meu pai também partiu no Senhor. Sei de onde o Senhor me tirou e serei eternamente grata a ELE por isso. Uma convicção tenho: não largo o meu Deus. Claro que em mim, não tenho forças mas Deus é a minha força. Creia, não existe situação que Deus não possa mudar, mas Ele precisa que você queira e que esteja disposto(a) a deixar Ele agir e fazer o que for preciso para que a mudança seja completa. O espaço é pequeno para colocar o que de tremendo Deus fez, mas espero que você que está lendo seja edificado e se precisar estou à sua disposição! SENHOR EU TE AMO!!!!              Lucilene Maria Borges

Tópico: Testemunho

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